domingo, 26 de dezembro de 2010

Fast Food Japa

Bem, meu blog já estava carente... entao resolvi dar o ar da existência em meus assuntos tratados aqui para que ele não terminasse o ano mudinho. Fim de ano combina sempre com comida... então, que tal conhecer um pouco do sistema fast food daqui do Japão? Se você pensa que aqui no Japão o fast food surgiu apenas com a chegada das famosas redes como o McDonalds, KFC ou Wendy's, enganou-se! A vida corrida daqui fez com que algumas modalidades de fast food aparecessem mesmo sem a influência dessas multinacionais.

O tão famoso sushi  passou a existr sob um formato muito menos sofisticado desde a era Edo. Nos antigos mercados de Tóquio, o peixe era colocado sobre o arroz, que era preparado com vinagre, no intuito de mantê-lo mais tempo conservado. Com o passar do tempo, o peixe passou a ser consumido juntamente com o arroz, que antes somente servia como uma base de conserva sem o consumo propriamente dito. Daí este conjunto assumiu uma forma quadrada e grande e também passou a ser consumido com o shoyu, a raiz forte e o gengibre. Posteriormente, o sushi ganhou a forma similar aos da atualidade, ainda que esses tipos antigos existam ainda em alguns pontos de venda mais tradicionais. Particularmente, eu nunca comi, sobretudo pelo tamanho que me assusta de tão grande.

Bem, para a correria do dia-a-dia, surgiu o tipo de restaurante chamado kaiten-sushi (回転寿司) que nada mais é do que um espaço contendo em seu centro uma esteira circular em torno de um balcão em que em seu interior fica a equipe de sushi-man que, incansvelmente, prepara variedades de sushis para que o cliente escolha o tipo que lhe apetecer. Como os tipos de sushi são diferentes entre si, existe uma variação também do valor. A maneira encontrada para estabelecer esta diferença foi arranjar as duplinhas de sushi em pratinhos pequenos com cores e desenhos definidos de acordo com o valor de cada duplinha pelo restaurante. A medida que você vai comendo, vai empilhando os pratos para não perder a conta. Depois o garçom conta o número de pratinhos que você retirou da esteira e emite o valor da conta. Resumindo, o processo consiste em: sentar, escolher, pegar, comer, empilhar e pagar.

Também existe outra modalidade de fast food que surgiu através dos gyudons (牛丼), que são tigelas com arroz e uma carne (bem xexelentinha, por sinal e ainda com uma gordurinha) preparada com cebola e consumida com uma conserva de gengibre. Esses tipos de fast food são frequentados principalmente pelos trabalhadores, os chamados salary-man (サラリーマン). A pessoa faz o pedido e, rapidamente o prato vem. Normalmente você pode pedir uma salada ou um misoshiro ou algo que o restaurante ofereça como acompanhamento. A pessoa normalmente come sentada em torno de um balcão, assemelhando-se às lanchonetes tradicionais no Brasil. Um exemplo deles é o Yoshinoya ( http://www.yoshinoya.com/ ), mas existem outras redes, como o Sukiya e a Matsuya, que se encontram espalhados por todo o Japão. Para os curiosos, o Sukiya tambem tem uma loja em São Paulo, na Liberdade, é claro!

Da mesma forma, tambem são muito populares as casas de curry japonês, pratos que são como um creme (na textura de um estrogonofe) contendo legumes e alguma carne, acompanhados também com arroz e conserva de gengibre. O engraçado é que existe uma rede de currys que se chama Coco Ichibanya ( http://www.ichibanya.co.jp/index.html ). Fica a interpretação do nome para quem quiser... hehehehe... Mas estes são bem consumidos, sobretudo no inverno. Essas casas também são encontradas por todo o Japão.

Ainda existem os famosos lamens, udons e sobas, que são extremamente populares e, geralmente baratos, que contam com uma infinidade de lojas pequenas, principalmente nas estações de trem e mediações.  Os lamens geralmente são massas, servidas quentes, como uma sopa, bem mais incrementados e saborosos que os conhecidos miojos. Apresentam uma variedade enorme de sabores. São originários da China, mas extremamente populares entre os japoneses. Normalmente, depois de uma balada, as pessoas saem para comer um lamen, da mesma maneira em que, no Brasil, as pessoas comem um sanduíche. Os udons e sobas podem ser comidos quentes ou frios e apresentam versões especiais de acordo com a estação do ano, variando os ingredientes e o modo de preparo. Os udons apresentam massa grossa e cilíndrica e o soba  massa mais fina, feita com trigo integral.

Outra opção de fast food fica para os bentôs (弁当) que são literalmente marmitas e podem ser encontrados prontos em qualquer loja de conveniencia ou pontos exclusivos de venda de bentôs. Dessa maneira você entra na loja de conveniência, vai até a gondola de bentôs, escolhe, paga e pode esquentar nos fornos microondas que normalmente estão perto da saida da loja de conveniencia. Aqui no Japão não é nenhuma vergonha comer marmita. Aliás, essa praticidade surgiu a partir do saudável hábito de as pessoas levarem marmita para a escola, para o trabalho ou para onde for se divertir (parque, praia, etc). Daí a fama da comida saudavel da população Japonesa, que ainda é preparada em casa pela esposa, que, normalmente, não trabalha fora e cozinha para si mesma, para os filhos e para o marido. Se quiser comer saudável, prepare e leve a comida da sua própria casa... eu tive problemas com a comida de rua aqui no Japão, que me aumentou significativamente a minha taxa de triglicerídeos, mas já aderi ao hábito de preparar a minha comida ja faz um bom tempinho e, realmente, me sinto bem mais disposta e saudável!

Mas voltando às lojas de conveniência, ou simplesmente "combini", como apelidaram aqui no Japão, estas oferecem outras opções de lanches rapidos como os onigiris, que sao triangulinhos de arroz recheados e envoltos por uma folha alga (nori)... o negocio é entrar no esquema para estar sempre bem servido, mas sempre atento para nao exagerar! Para uma vez ou outra, ok, mas o ideal é buscar alernativas para comer bem durante a correria do dia-a-dia.

Bem... desejo um excelente 2011 pra vocês, com muita saúde! Tenha certeza que a saúde começa por aquilo que comemos!!! Tive que aprender essa na marra neste ano de 2010!!! ^_^

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Selecionando o Lixo...

Como estive um tempo no Brasil, acabei me desacostumando de escrever no meu blog e ainda fiquei outro bom tempo sem escrever desde que voltei, há umas três semanas. Nada como achar um tema interessante para falar e retomar as atividades.

Muito tem-se falado da questão selecionar os resíduos que retornariam para a natureza, assimilando os conceitos de sustentabilidade. Os 3R's (reuse, reduza e recicle) foram assumidos aqui pela sociedade em diversos aspectos do dia-a-dia no Japão. Primeiro porque o país apresenta-se limitado de recursos naturais por sua área e por sua geografia. Alem disso, os conceitos são passados nas mais diversas esferas da sociedade, tais como escolas, mídia, campanhas, entre outros. Depois porque o governo japonês assinou diversos termos de compromissos internacionais, principalmente no que tange a redução da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, o que contribui com a mitigação do tão discutido e temido aquecimento global.

O que pode ser constatado no dia-a-dia é que as ações são conscientes, principalmente nas pequenas atitudes, e não apenas como campanhas que temos no Brasil, tais como a de "um dia sem carro" ou "um dia sem sacolas plásticas", como vi ontem na Internet. Um dia apenas, claro que é importante, mas não resolve a questão do meio-ambiente. O fundamental é assumir a responsabilidade para uma prática constante e de rotina.

O mais visível daqui fica para o sistema de coleta de lixo, feita de maneira seletiva. Existe um agendamento informado pela prefeitura para cada área da cidade. O lixo orgânico é coletado duas vezes na semana, em outro dia da semana são coletados os lixos recicláveis, como latas, garrafas pet, bandeijinhas de isopor, papelão, vidros e outras modalidades como em recolhimentos especiais, como a coleta de revistas, jornais, papel alumínio, baterias, roupas e outros. A verdade é que realmente os destinos são tomados para que sejam devidamente reciclados ou transformados.

E mais, é necessário um agendamento para o recolhimento de ítens especiais, como móveis e eletrodomésticos, sob o pagamento de uma taxa. Inacreditável e admirável é o como todos da sociedade estão habituados a esta realidade e têm a consciência do como tudo deve ser descartado. Assim, toda essa consciência viabiliza uma realidade bem mais sustentável do que a que temos no Brasil. Fato que no Brasil existem algumas ações que são fundamentais para o reaproveitamento de determinados tipos de lixo, tais como os de latas de alumínio e garrafas pet. Porém, estas ações acontecem sobretudo fomentada pela questão economica, desde os catadores aos empresários que possuem negócios como a transformação de garrafas pet em vassouras, tapetes de automóveis ou mesmo cordas, assim como a reciclagem de latinhas. A viabilidade da ação acontece apenas focada em determinados ítens.

Ainda assim, em 2007 tive a oportunidade de visitar e desenvolver um projeto arquitetonico para a área de aterro sanitário da Grande Vitoria, a Marca Ambiental. Ali existem células de pesquisa para a transformação de determinados tipos de lixo em outros materiais, vinculados a projetos sociais de capacitação. Considerei de extrema importância, porem ainda não cobre a real importância do que significa o descarte diário de uma área urbana, ainda mais em termos nacionais.

Aqui na região metropolitana de Tóquio, através da universidade onde estudo, tive a chance de visitar uma área do recebimento de esgoto de todas as edificações. Do resíduo sólido de todo este esgoto, sobretudo as fezes, existe um sistema gigante que, através da queima, é capaz de gerar energia elétrica e gás para um bairro inteiro, inclusive com torres altas de escritórios, a região chamada Makuhari ( http://www.energy-advance.co.jp/area/makuhari_district.html ). O projeto é inacreditável. E para os usuários finais, a energia é exatamente da mesma qualidade do fornecimento comum. Também o projeto da ilha artificaial de Odaiba, distrito extremamente valorizado da cidade, que também foi realizado com o lixo urbano. Ou seja, solo de Odaiba se compõe basicamente de lixo ( http://web-japan.org/tokyo/know/odaiba/odaiba.html ).

Apesar dessa consciência toda, infelizmente no Japão, a quantidade de material usado para embalagens ainda apresenta-se muito exagerado. Sobretudo em se tratando do plástico. Os japoneses ainda não se livraram do mal costume de embalar ao extremo os seus produtos. Mas se forem considerados os destinos tomados para os lixos pré selecionados, muito tem o que ensinar, mas ainda muito o que aprender. Tudo isso faz parte da evolução em busca de soluções para as catástrofes naturais que já estamos enfrentando. Cabe a cada um fazer a sua parte, diariamente! Você já fez a sua?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cultura Reciclável!!!

Lá vou eu falar novamente de mais um tema relacionado às particularidades ligadas à interação das pessoas com os trens. A verdade é que eles também fazem parte da minha vida no dia-a-dia e sempre tem alguma coisa interessante sobre o que falar. Ontem passei pela estação de Nezu, perto do outro campus da minha universidade e me deparei com um equipamento com livros em que as pessoas simplesmente podem pegar o título que lhes interessar para ler.

O que acontece aqui no Japão é que, dentro dos trens, a maioria das pessoas, encontram-se em uma das três situações: dormindo, mexendo no celular ou lendo algum livro - estes normalmente são pequenos para que sejam carregados dentro da bolsa. Esse saudável hábito gera um mercado paralelo de circulação dos livros usados e teve, como subseqüência, a prestação deste tipo de serviço pelas companhias de trem. Como muitas pessoas largam os livros dentro do trem ou em lixos próprios para depósito de livros lidos e descartados, para evitar que sejam jogados fora, decidiram por oferecer estantes públicas e gratuitas de livros.

Nesse sentido, eu tenho que tirar o meu chapéu para os japoneses. Com certeza, este hábito surgiu da necessidade de a maioria das pessoas utilizarem os trens por muito tempo, muitas vezes por mais de uma hora para se deslocar pela cidade. Desta maneira, para utilizarem o tempo de uma maneira racional e proveitosa, lêem dentro dos trens. Às vezes eu também leio... ou durmo (já aprendi a técnica ninja de dormir no trem)... ou também escrevo no meu blog pelo celular, de acordo com a minha necessidade na hora... afinal, eu tenho, todos os dias, uma boa meia-hora de trem pra chegar na universidade!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Ultimo Trem!!!

Hoje saí da universidade bem tarde e me ocorreu ter que pegar o último trem para voltar para casa. Aqui em Tóquio toda a praticidade que o sistema de transporte público oferece, também apresenta alguns inconvenientes. O primeiro é o altíssimo custo do transporte que apresenta e, o segundo, a limitação de horários das linhas para o último trem.

Quanto ao sistema de tarifação, este é definido de acordo com a distancia e a linha a percorrer. Ou seja, no mínimo o usuário paga o equivalente a 2,40 reais se for de uma estação a outra pelas linhas de trens das ferrovias do governo, a Japan Railways ou simplesmente JR. Se for utilizar os metros, o usuário paga, no mínimo 3,20 reais de uma estação a outra. Fora as linhas privadas que colocam os seus valores de acordo com os seus próprios critérios. A minha sorte, como estudante, é que tenho direito a usar um cartão equivalente a um passe escolar que somente pode ser utilizado no percurso da minha casa ate a universidade. O trecho que percorro vejo bem estratégico e passa por estações importantes, de onde eu posso me ramificar para as demais linhas e estações da cidade, pagando apenas a diferença.

Quanto ao ultimo trem, este vejo como um grande problema porque muitos japoneses trabalham até muito tarde e acabam ficando além do horário oferecido para que consiga voltar para casa, ou mesmo para sair para a noite. Assim, ou a pessoa volta cedo para casa, ou somente na manha seguinte, no primeiro trem. Existe a possibilidade de pagarem uma fortuna pelos táxis, que apresentam tarifas estratosféricas. Isso fomentou serviços 24 horas de alguns restaurantes e lojas de conveniência que se situam em torno das estações. Também impulsionaram a existencia dos famosos hotéis cápsula, que se mostram mais em conta e oferecem o básico que necessitam, ou seja, uma cama para deitar e um vestiário com chuveiro para se refrescar. Alguns não possuem nem os chuveiros. Eu já tive a oportunidade de dormir nesses hotéis cápsula para ver como era e os comparo o tamanho com barracas de camping limpas, sem insetos, sem areia e sem sol quente cozinhando os miolos. Assim, digo que a experiência foi válida. Bem que podiam oferecer trens 24 horas, mesmo que em horários mais espaçados, para atender ao publico noturno. Menos estresse na vida é sempre bom para melhor qualidade dos dias!

sábado, 31 de julho de 2010

E a Gentileza Acaba no Trem!

Merecidamente os japoneses são conhecidos por sua educação e gentileza. É admirável quanta formalidade e demonstração de servidão que os japoneses fazem questão de evidenciar um ao outro. Esta atitude pode ser facilmente percebida, sobretudo no comércio e na prestação de serviços. São rituais e mais rituais, na maneira de falar e de gesticular com movimentos suaves e lentos que dão até gosto de olhar. Tanto que muitas vezes me sinto um tanto quanto bruta e mal educada por não saber me portar em determinadas situações.

Entretanto, toda essa gentileza se esvai pelo ralo quando se trata de disputar pelo seu espaço dentro dos trens e metrôs. Nos horários de pico, normalmente os trens estão lotados, a ponto de ser necessario as epmpresas contratarem funcionários para empurrarem os passageiros para que se consiga deixar as pessoas do lado de dentro e ainda a porta fechar para o trem partir. Nessa condição de o trem abarrotado de gente, muitos se aproveitam para bolinar outras pessoas, tanto que as companhias tiveram que colocar câmeras em vagões de algumas linhas mais caóticas. A condição submissa das japonesas muitas vezes fazem com que as mulheres sejam incomodadas e não falem nada, mas existem aquelas que também estão cada vez mais encorajadas a denunciar. Bolinagem nos trens, quando provada, gera uma multa bem salgadinha para o infrator de 300 mil yenes, o equivalente a 6 mil reais.

Fora isso, é cada vez mais difícil ver as pessoas cederem seus assentos para algum idooso ou gestante e, muitos ainda, sentam nos assentos dedicados para eles, o que é pior. Existem movimentos e panfletagens de associações de idosos exigindo mais respeito dedicado a eles. O que acontece aqui é que a população de idosos no Japão é cada vez maior e os assentos específicos já não estão sendo suficientes. Há menos de um mês, uma senhora idosa estava em um trem em Fukuoka, sul do Japão, e queria sentar-se, o que seria previsível. Havia um estudante que não cedeu o seu lugar e a velhinha, literalmente, quebrou o nariz do adolescente com sua sombrinha e depois foi presa. Este é o reflexo do comportamento dos japoneses no trem. Quanto a este caso, em específico, digo que, tanto a velhinha quanto o estudante, pagaram caro pela sua falta de educação porque também ninguém tem o direito de sair quebrando o nariz dos outros por aí... apesar da vontade e de muitos merecerem... hahaha...

domingo, 25 de julho de 2010

Malhando e Refrescando-se...

Aqui em Tóquio, além das praças e postos de saúde, existem alguns equipamentos urbanos bem distintos, como os centros de esporte em cada cidade. Tóquio, o que poucos sabem, nao é uma cidade, mas uma Província, equivalente ao Distrito Federal, como capital do país. Assim, é composta de várias cidades, conhecidas como Ku (haha...válidos os trocadilhos infames!). Quando eu vim para cá, em 2008, fui viver em Setagaya-Ku, onde permaneci por 2 anos em um alojamento de estudantes. Agora vivo em Taito-Ku, em um apartamento que se mostra bem mais digno do que o de antes, mas comparado aos padrões do Brasil, um ovinho de 40 m2 dividido com uma amiga, diga-se bem grandinho para os padrões japoneses.

O alojameto em que eu vivia antes possuía um pequeno centro de esportes, então eu nunca havia me antenado para os centros de esportes das cidades de Toquio. Na verdade, são grandes “academias” que colocam no chinelo muitas das do Brasil. Essa foto mostra, a partir da piscina, o edificio de multiplos andares e as quadras la no fundo, onde tem um holofote. Eles oferecem aulas de o que você puder imaginar, desde musculação, aikido, alongamento a tênis, baseball e natação, passando também por aulas de música e outros esportes. A pessoa não paga uma mensalidade, mas compra tickets para uso no dia, do esporte que quiser. Assim, se por alguma razão você não pode ir malhar, não fica comprometido em ter que pagar pelo “não-uso” do espaço. Além dos esportes, existem piscinas que são usadas como clubes. As pessoas podem ir tomar um solzinho e usar a piscina sem o compromisso de fazer a natação em si, apesar de ser também possível.

O curioso é que o usuário não pode comprar tickets para ficar mais de duas horas. Ou você compra pra uma hora de uso ou pra duas, sem demais opções. A razão disso é a limitação definida pelo ministério de saúde daqui. E o engraçado é que a cada hora, eles determinam necessariamente 10 minutos de descanso em que ninguém possa entrar na piscina, sendo um descanso obrigatorio, também definido pelo ministério de saúde. Essa medida é tomada no intuito de reduzir problemas por excesso de exercicios de alguns “fominhas”. Ultimamente tenho ido para fazer caminhada aquática na piscina olímpica, o que me garante algum exercício e alguma corzinha! Afinal, a temporada de calor aqui, apesar de esturricar um cidadão, também acaba de repente como uma chicoteada gelada! Tem que aproveitar o verão!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Abriram as Portas do Inferno em Tóquio!

Engnam-se aqueles que imaginam que o Japão é o tempo todo um país fresquinho, cheio de neve e temperaturas amenas, com flores de cerejeiras para todo lado, dando aquela sensação de temperatura maravilhosa e idealizada pela suavidade das imagens daqui e distribuidas pelo mundo! O verão mal começou, as temperaturas não estão sendo nada agradáveis e já estão colocando uma pressão a mais no dia-a-dia das pessoas!

Aqui em Tóquio me dá a sensação de ser até pior do que em Vitória! Hoje bateu nada menos do que 36 graus, sem nenhum ventinho para amenizar. Eu olho para as pessoas e parecem estarem todas derretendo. Nem a enorme quantidade de verde nas ruas são suficientes para deixar o ar agradável. Ontem eu vi no jornal que na região de Guma, um senhor morreu de calor, literalmente! Assim, que é fundamental as pessoas se hidratarem. Existem muitos tipos de bebidas repositoras energéticas que aliviam e recuperam a hidratação do corpo humano. Além disso, inúmeras marcas e tipos de sorvetes que estão disponíveis para venda. Tem um tipo específico, chamado kakigori (かき氷)que nada mais é do que gelo picado, com xarope de algum sabor de fruta ou mesmo chá verde. Particularmente eu nao gosto muito, mas isso vende demas porque refresca bastante!

Nas ruas, dá pra ver muita gente se virando para afastar o calor. Os leques, que são acessórios tradicionais japoneses, podem ser encontrados com muitas pessoas abanando nas estações e abrigos, tanto homens quanto mulheres, sem discriminação. Muitas mulheres usando sombrinhas, no literal uso da palavra. Aqui nao são nada apreciadas as pessoas super bronzeadas como são no Brasil. Daí vem a parte inacreditável: ao invés de as pessoas usarem roupas fresquinhas, muitas usam mangas longas e luvas para não se queimarem, mesmo com tanto calor. Eu não sei, mas acho que derreteria neste tipo de vestimenta! Já adotei uma bermudinha social e blusas mais fresquinhas para ir à Univesidade. Entretanto, nas ruas se vê muitas pessoas engravatadas e com roupas nada apropriadas para a temperatura! Dá até pena...

Outros recursos para aliviar o calor tambem são utilizados, como mini-ventiladores individuais e também uns lencinhos úmidos de uma marca de cosméticos chamada Bioré, que, além de terem protetor solar, você passa e a pele fica fresquinha, com a sensação de que você acabou de tomar um banho. Destes, eu sempre carrego um pacotinho na minha bolsa porque me salva de diversas situações em que tenho que estar apresentável e não com aquela cara de que estou morrendo em um deserto. Bem, fico agora na torcida de que chegue o outono, mas enquanto isso, tenho que aproveitar a temporada de calor para tomar um solzinho. Ainda mais que eu descobri que na academia que fica a 3 minutos do meu apartamento, tem uma piscina que posso usufruir como a de um clube. Nos dias de mais disposição, rola de visitar as praias mais distantes. Mas confesso que bate uma certa preguiça de ir para tão longe para ver praias nem tão bonitas... mas a gente se acostuma!!! Um viva para as praias do Brasil!!!